- Pneumoperitônio consequente de perfuração de úlcera abdominal;
- Raio-X de tórax/abdomen e
- Tratamento cirúrgico, antibióticos de amplo-espectro, controle da dor, hidratação EV.
Vamos ao próximo caso então:
FRATURA COM ACOMETIMENTO NERVOSO
Um menino de 13 anos chega no pronto-atendimento após cair de seu quadriciclo. Seu braço estava doloroso e deformado no cotovelo. Ele apresenta dormência em seu primeiro, segundo e terceiro dedos do membro acometido.
Qual é o diagnóstico? Qual problema mais lhe preocupar? O que você deve monitorar com mais atenção? Qual é o prognóstico?
RESPOSTA (Selecione para ler): Fratura Supracondiliana de Cotovelo Tipo III com provável lesão do N. Mediano
Com déficit sensorial nos 3 primeiros dedos da mão, o paciente provavelmente tem uma lesão do nervo mediano. Observe também a “mancha” escura imediatamente posterior ao segmento distal da fratura.
Classificação de Gartland para Fraturas Supracondilianas:
Tipo I: Fratura sem desvio ou com desvio mínimo;
Tipo II: Fratura desviada, mas com a região cortical posterior intacta;
Tipo III: Fratura completamente desviada com total “desassociação” dos segmentos da fratura.
Comprometimento vascular ocorre em até 20% das crianças com fratura supracondiliana. Em alguns casos pode-se desenvolver Síndrome Compartimental ou contraturas isquêmicas. A Sd. Compartimental ocorre infrequentemente e pode ser de difícil diagnóstico quando há lesão do nervo mediano, já que a dor estará diminuída. Pode-se considerar a aplicação de um oxímetro de pulso contínuo para ajudar a monitorar a perfusão, ou então manometria do compartimento.
Lesão do nervo Mediano pode ocorrer em até metade dos pacientes com fratura supracondiliana do Tipo III.
Lesão do nervo Radial pode ocorrer em até 25% dos pacientes com fratura supracondiliana do Tipo III.
As fraturas supracondilianas podem ser frequentemente tratadas com pinos percutâneos, mas podem requerer redução aberta e/ou exploração para verificar se existem lesões vasculares, ou então quando não se consegue uma redução adequada com a manipulação fechada (reduzir sem intervir cirurgicamente).
A amplitude de movimento da articulação pode não retornar em até 12 meses, no entanto a movimentação da articulação deve ser motivada o quanto antes, acarretando melhora precoce e menos riscos de perder a mobilidade desta.
Melhor este caso mais curto pessoal?
ResponderExcluirAchei mto bom assim.
ResponderExcluirclássico dos PS haha
Oi...
ResponderExcluirgostei bastante do caso,hehe...
Muito legal esse blog de vcs, Gá, parabéns!! ;)