Apresentação!

Olá pessoal, bem-vindos ao TOME O PULSO!, este espaço destina-se a publicações de relatos de casos e outras informações que venham a ser interessantes.
O blog tem o intuito de promover a interação dos seus visitantes com os casos, solicitando a estes que analisem e descubram o diagnóstico e procedimento utilizados para a situação que está sendo apresentada.
A origem dos casos são várias e confiáveis, boa parte publicados em sites internacionais, que são traduzidos e aqui apresentados da forma mais fidedigna possível.
Quando for solicitada a opinião do leitor quanto ao diagnóstico, fique atendo para barras de outra cor, o diagnóstico ou resposta correta aparecerão quando selecionarem esta barra, tente dar seu diagnóstico antes de ver a resposta. Outra forma de avaliar seus acertos será com a publicação de um caso que somente terá sua resposta publicada quando sair um novo caso, ou seja, você poderá dar seu diagnóstico por comentário e então conferí-lo um tempo depois no próximo post. Qualquer dúvida entre em contato.
Por hora penso que seja isso, conforme a carruagem anda as melancias se ajeitam.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

FRATURA COM ACOMETIMENTO NERVOSO

As respostas do caso anterior (DOR ABDOMINAL AGUDA EM PACIENTE DE 76 ANOS) são respectivamente: (Selecione Para Ler)

  • Pneumoperitônio consequente de perfuração de úlcera abdominal;
  • Raio-X de tórax/abdomen e
  • Tratamento cirúrgico, antibióticos de amplo-espectro, controle da dor, hidratação EV.
Vamos ao próximo caso então:

FRATURA COM ACOMETIMENTO NERVOSO




Um menino de 13 anos chega no pronto-atendimento após cair de seu quadriciclo. Seu braço estava doloroso e deformado no cotovelo. Ele apresenta dormência em seu primeiro, segundo e terceiro dedos do membro acometido.
Qual é o diagnóstico? Qual problema mais lhe preocupar? O que você deve monitorar com mais atenção? Qual é o prognóstico?


RESPOSTA (Selecione para ler): Fratura Supracondiliana de Cotovelo Tipo III com provável lesão do N. Mediano


Com déficit sensorial nos 3 primeiros dedos da mão, o paciente provavelmente tem uma lesão do nervo mediano. Observe também a “mancha” escura imediatamente posterior ao segmento distal da fratura.

Classificação de Gartland para Fraturas Supracondilianas:
Tipo I: Fratura sem desvio ou com desvio mínimo;
Tipo II: Fratura desviada, mas com a região cortical posterior intacta;
Tipo III: Fratura completamente desviada com total “desassociação” dos segmentos da fratura.


Comprometimento vascular ocorre em até 20% das crianças com fratura supracondiliana. Em alguns casos pode-se desenvolver Síndrome Compartimental ou contraturas isquêmicas. A Sd. Compartimental ocorre infrequentemente e pode ser de difícil diagnóstico quando há lesão do nervo mediano, já que a dor estará diminuída. Pode-se considerar a aplicação de um oxímetro de pulso contínuo para ajudar a monitorar a perfusão, ou então manometria do compartimento.

Lesão do nervo Mediano pode ocorrer em até metade dos pacientes com fratura supracondiliana do Tipo III.

Lesão do nervo Radial pode ocorrer em até 25% dos pacientes com fratura supracondiliana do Tipo III.

As fraturas supracondilianas podem ser frequentemente tratadas com pinos percutâneos, mas podem requerer redução aberta e/ou exploração para verificar se existem lesões vasculares, ou então quando não se consegue uma redução adequada com a manipulação fechada (reduzir sem intervir cirurgicamente).




Déficits neurológicos geralmente (mas nem sempre) resolvem-se em 3-6 meses.
A amplitude de movimento da articulação pode não retornar em até 12 meses, no entanto a movimentação da articulação deve ser motivada o quanto antes, acarretando melhora precoce e menos riscos de perder a mobilidade desta.

3 comentários:

  1. Achei mto bom assim.
    clássico dos PS haha

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  2. Oi...
    gostei bastante do caso,hehe...
    Muito legal esse blog de vcs, Gá, parabéns!! ;)

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